Biópsia do mediastino anterior guiada pela ultrassonografia.
Devido à atenuação das ondas de ultrassom proporcionada pelo ar nos pulmões, a maioria das biópsias percutâneas torácicas precisam ser guiadas pela tomografia computadorizada. Entretanto, nos casos em que há uma janela acústica , o procedimento pode ser guiado pela ultrassonografia, com segurança e agilidade. Nesse caso, uma paciente previamente tratada por câncer da mama direita, foi diagnosticada pela tomografia com uma massa no mediastino anterior. A biópsia confirmou tratar-se de recidiva do câncer de mama.
A tomografia computadorizada mostra massa sólida (*), de contornos irregulares, limites imprecisos e áreas necróticas de permeio, centrada no mediastino anterior, medindo 6,5 x 5,2 cm. Infiltra planos adiposos mediastinais e mantém contato com o folheto pericárdico, sem plano de clivagem com o mesmo. Anteriormente, acomete parede torácica: infiltra articulações costo-esternais à direita e determina erosão focal do corpo do esterno. Há também infiltração da musculatura regional (A). Ultrassonografia do mesmo caso, realizada com o transdutor convexo (B). Esse trandutor usa frequências baixas, em torno de 4 MHz. Com essa frequência é possível avaliar estruturas profundas como a área cardíaca (AC), mas a massa mediastinal apresenta baixa resolução (*). A biópsia percutânea de fragmento foi realizada com o transdutor linear, que utiliza frequencias de até 18 MHz (C). Com essa frequência a resolução é bem maior, mas as estruturas profundas não podem ser avaliadas. A agulha, ecogênica, foi bem identificada durante a biópsia (seta). Nas figuras (A) e (B) é possível identificas a prótese (P) utilizada na reconstrução da mama direita após a mastectomia.