Aspectos clínicos e ultrassonográficos da extrusão de prótese mamária

Mai de 2021.

A extrusão da prótese de silicone pela pele ocorre quando há algum comprometimento na cicatrização ou no tecido que se interpões entre a prótese e a pele. Esse espaço costuma ser preenchido, com bons resultados, pelo músculo grande dorsal, na  reconstrução mamária após mastectomia realizada no tratamento do câncer de mama. No caso ilustrado vemos, pela ultrassonografia panorâmica, que praticamente não há tecido entre a prótese e a pele em toda a área examinada (Figura1). Na região circulada em vermelho, entre os cálipers,  é possível identificar a erosão da pele, que encontra-se bastante afilada nesse ponto (Figura 1). Clinicamente, essa região corresponde ao quadrante inferomedial da reconstrução mamária à esquerda. Nessa região  a prótese é facilmente palpada. A área circundada em vermelho na ultrassonografia (Figura 1)  corresponde à área hiperemiada clinicamente (Figura 2). É importante não confundir a apresentação clínica da extrusão da prótese mamária com o abscesso ou a recidiva do câncer.

 

Figura 1- Ultrassonografia panorâmica de reconstrução mamária com prótese após mastectomia à esquerda. Note a ausência de tecido entre a prótese e a pele em toda a área examinada. Na areá circulada em vermelho  é possível identificar o afilamento cutâneo, relacionado à extrusão da prótese.

 

Figura 2- Apresentação clínica do mesmo caso ilustrado na Figura 1. Note que a área de afilamento cutâneo identificada pela ultrassonografia corresponde à area hiperemiada circulada em vermelho.

 

 

 

JALES, Rodrigo Menezes. Aspectos clínicos e ultrassonográficos da extrusão de prótese mamária. Dr.Pixel. Campinas: Dr Pixel, 2021. Disponível em: https://drpixel.fcm.unicamp.br/content/253. Acesso em: 21 Nov. 2024
Rodrigo Menezes Jales

Possui graduação em Medicina pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP (1999), Mestrado (2005) e Doutorado (2012) em Oncologia Ginecológica e Mamária (DTG-FCM / UNICAMP). 

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