Doppler de membros inferiores - Cabeça do Mickey

Abr de 2021.

Os vasos do sistema venoso profundo dos membros inferiores podem ser avaliados adequadamente com o transdutor linear até o nível do canal dos músculos adutores (linha verde tracejada na Figura 1).

Figura 1 - Anatomia e ultrassonografia dos principais vasos sanguíneos da coxa. A ultrassonografia avaliou o plano axial dos vasos examinados.

 

A partir desse ponto é difícil a identificação dos vasos femorais na coxa, a não ser em pacientes magros. O sistema venoso profundo volta a ser facilmente acessado na fossa poplítea, onde a veia poplítea costuma ser superficial à artéria poplítea.

A pesquisa da trombose venosa profunda deve ser iniciada próximo à região inguinal, pela avaliação da veia femoral comum, identificada como a "cabeça do Mickey"  ( Figura 2).

Figura 2 - "Corte do Mickey" no modo B. AFC = Artéria femoral comum, VFC = Veia Femoral comum, VSM = Veia Safena Magna.

 

A veia deve ser comprimida, com o auxílio do trasndutor, até que  seja totalmente colapsada, o que exclui a presença de trombo nesse nível (Figura 3).

Figura 3 - A seta aponta a Veia Femoral Comum colapsada pelo transdutor. Essa avaliação foi realizada num plano ligeiramente caudal em relação à figura 2. Nesse plano a artéria femural comum já se bifurcou nos seus ramos: artéria femoral profunda (AFP) e artéria femoral superficial (AFS).

A ausência de trombo pode ser confirmada pela detecção de fluxo na veia femoral comum pelo Doppler Colorido (Figura 4).

 

Figura 4 - "Corte do Mickey" no modo Doppler colorido.

JALES, Rodrigo Menezes. Doppler de membros inferiores - Cabeça do Mickey. Dr.Pixel. Campinas: Dr Pixel, 2021. Disponível em: https://drpixel.fcm.unicamp.br/conteudo/doppler-de-membros-inferiores-cabeca-do-mickey. Acesso em: 21 Nov. 2024
Rodrigo Menezes Jales

Possui graduação em Medicina pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP (1999), Mestrado (2005) e Doutorado (2012) em Oncologia Ginecológica e Mamária (DTG-FCM / UNICAMP). 

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