Doppler de membros inferiores - Cabeça do Mickey
Os vasos do sistema venoso profundo dos membros inferiores podem ser avaliados adequadamente com o transdutor linear até o nível do canal dos músculos adutores (linha verde tracejada na Figura 1).
Figura 1 - Anatomia e ultrassonografia dos principais vasos sanguíneos da coxa. A ultrassonografia avaliou o plano axial dos vasos examinados.
A partir desse ponto é difícil a identificação dos vasos femorais na coxa, a não ser em pacientes magros. O sistema venoso profundo volta a ser facilmente acessado na fossa poplítea, onde a veia poplítea costuma ser superficial à artéria poplítea.
A pesquisa da trombose venosa profunda deve ser iniciada próximo à região inguinal, pela avaliação da veia femoral comum, identificada como a "cabeça do Mickey" ( Figura 2).
Figura 2 - "Corte do Mickey" no modo B. AFC = Artéria femoral comum, VFC = Veia Femoral comum, VSM = Veia Safena Magna.
A veia deve ser comprimida, com o auxílio do trasndutor, até que seja totalmente colapsada, o que exclui a presença de trombo nesse nível (Figura 3).
Figura 3 - A seta aponta a Veia Femoral Comum colapsada pelo transdutor. Essa avaliação foi realizada num plano ligeiramente caudal em relação à figura 2. Nesse plano a artéria femural comum já se bifurcou nos seus ramos: artéria femoral profunda (AFP) e artéria femoral superficial (AFS).
A ausência de trombo pode ser confirmada pela detecção de fluxo na veia femoral comum pelo Doppler Colorido (Figura 4).
Figura 4 - "Corte do Mickey" no modo Doppler colorido.